3 dicas para sua banda subir de patamar
Todas as dicas que apresentarei aqui, são resultados de observações minhas, em eventos realizados pelas bandas e produtoras do Rio de Janeiro, algumas dessas que também fazem parte do coletivo Rio+Rock. A palavra chave aqui é colaboração. Se até esse momento, você, músico, produtor, jornalista, etc, que sempre se imaginou tendo sucesso sozinho, ou se você é adepto do folclore da “meritocracia”, agora é a hora da mudança de paradigmas.
Dica 1: Organize eventos com várias bandas, não apenas a sua.
Se você está começando a sua carreira musical ou ainda não tem uma certa quantidade de público que te acompanhe nos shows, opte por organizar e tocar em eventos com várias bandas, no mínimo duas, para que tanto você quanto a outra banda se ajudem em levar público. No início, pode convidar os parentes e amigos para assistirem. Imagine os parentes e amigos de todos os artistas na casa de shows cantando e aplaudindo. Aproveite e filme tudo e poste nas redes sociais. Isso também é marketing e propaganda.
Dica 2: Não vá embora depois do término do seu show.
Tenha consciência de que, enquanto você estiver no palco, a banda que irá se apresentar depois está sendo o seu público, lhe apoiando, cantando suas músicas, ovacionando-o. Logo, você será aquele que irá assistir os que antes lhe assistiam. Esse ciclo deve se manter até o final do evento, garantindo um número mínimo de pessoas no recinto.
Dica 3: Se divulguem nas redes sociais.
Pra quê comprar seguidores ou pagar por impulsionamento, se você pode conseguir tudo isso de graça? Reserve um momento e um espaço nas suas redes para divulgar e apoiar as outras bandas. Recomende aos seus amigos para seguirem os perfis; compartilhe os vídeos nos stories e em grupos do whatsapp e facebook; comente nas postagens. Tudo isso ajuda na propagação dos artistas e no engajamento algorítmico.
Além da ajuda em si em prol do rock independente, todas essas dicas também auxiliam na resolução de outras questões enfrentadas pelas bandas e produtoras: os donos de casas de shows. Para muitos deles, a palavra autoral é quase um xingamento, pois se criou uma noção errônea de que, eventos de rock autoral não levam público, ou seja, sem público, sem dinheiro entrando nos cofres. Então, a partir do momento em que esses empresários, passam a ver a casa cheia em dias de shows de rock autoral, não importa quem estejam na plateia, amigos, parentes, as próprias bandas participantes. O interesse implícito está na possibilidade do consumo dos produtos vendidos no local, gerando renda e lucros para os proprietários. Ao mesmo tempo, caso seja feito um correto processo marqueteiro, capturando em vídeos e fotos, momentos empolgantes e comoventes dos espectadores, aqueles que não compareceram, mas viram esses conteúdos na internet, passarão a ter mais interesse em estar presentes nos próximos, pois irão desejar viver da mesma forma, aqueles instantes de celebração, alegria, e é claro, muito rock n roll.